Cloud computing: cuidados na jornada para a nuvem
A cloud computing é uma das tecnologias que mais tem ganhado espaço no mercado atual. Para muitas empresas, no entanto, migrar para a nuvem de forma segura parece um desafio quase insuperável.
Neste artigo, nós ajudamos você a entender melhor como a jornada para a cloud pode ser feita sem prejuízos para o seu negócios e reforçamos os benefícios de investir nessa solução. Continue a leitura.
O cenário que motiva a migração para a nuvem
Antes de começar a falar sobre os cuidados na jornada para a nuvem, é importante entender o que é cloud computing. A computação em nuvem é a entrega de recursos de TI de acordo com a demanda que chega por meio da internet, com definição do preço de pagamento conforme o uso.
Diante disso, já virou clichê dizer que a crise causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV2) forçou empresas a acelerarem seus processos de transformação digital — porém, em todo clichê há uma verdade e nesse caso não é diferente.
O isolamento social causado pela pandemia forçou os empreendimentos a se digitalizarem para continuar relevantes. Isso inclui o aumento no número de lojas virtuais, a popularização das transmissões ao vivo e assim por diante.
Com tantas mudanças nos modelos de negócios e alterações na forma como trabalhamos (com o home office se tornando normal), logo surgiu a necessidade de uma infraestrutura que suportasse tantas mudanças repentinas.
Essa infraestrutura é a computação na nuvem, que sempre se mostrou um tanto flexível e agora prova seu poder ao permitir que equipes remotas colaborem com facilidade, acessem sistemas profissionais de onde quer que estejam e mantenham a produtividade mesmo em tempos caóticos.
Mas nem tudo são flores. Se por um lado a nuvem tem a capacidade de prover essa transformação digital acelerada, por outro, ela pode causar o efeito contrário e gerar graves incidentes de Segurança da Informação. Afinal, estamos falando de uma arquitetura bem distinta a que diversos donos e gestores de negócios estão acostumados. E infelizmente, no Brasil, ainda sofremos com uma carência de mão de obra especializada nesse tipo de tecnologia.
Isso, aliado com o senso de urgência das empresas de transicionar para a nuvem o mais rápido possível, acaba criando lacunas perigosas.
Quem é o responsável?
Uma impressão errônea que muitos gestores têm é que a nuvem é, por padrão, extremamente segura. De fato, esse tipo de arquitetura é bem mais segura do que servidores locais, mas é necessário configurá-la corretamente para evitar dores de cabeça.
Em um relatório a respeito dos principais incidentes de segurança de 2019, a operadora Verizon entrevistou especialistas do mundo inteiro e identificou que 21% dos vazamentos de dados foram ocasionados por falhas de configuração em ambientes na nuvem.
Esses incidentes são causados quando um servidor ou aplicação em cloud não é configurado corretamente, permitindo que agentes maliciosos tenham acesso indevido a informações sensíveis.
Geralmente, isso ocorre porque o acesso ao ambiente está configurado como público, bastando que o atacante saiba a localização (URL) daquele ambiente para invadi-lo. Outro incidente comum é que as informações privilegiadas acabam sendo indexadas pelos motores de busca erroneamente.
Essas situações costumam ocorrer porque há um falso senso de que a responsabilidade de segurança por dados guardados na nuvem é do provedor de serviços, o que não é verdade — a responsabilidade é compartilhada e, por mais que alguns provedores tentem estabelecer configurações seguras por padrão, a operação indevida de seus recursos por profissionais despreparados pode culminar nesse tipo de incidente.
Jornada programada
A jornada para a nuvem deve ser planejada e calculada, com um mapeamento prévio de todos os ativos e a definição de novas estratégias de segurança adequadas à realidade da infraestrutura. Por isso, é crucial contar com a ajuda de profissionais capacitados que possam decidir o que é melhor para suas necessidades.
Também é recomendado o uso de ferramentas de segurança nativas em cloud, que analisam seus ambientes, fazem varreduras para detectar eventuais brechas e apontam melhorias estruturais não apenas para garantir mais segurança, mas também para gerar economia de recursos ao apontar, por exemplo, a contratação de mais poder computacional do que é realmente necessário.
Lembre-se: a nuvem é flexível, escalável e acessível, mas ela não deixa de ser uma máquina operando remotamente em algum lugar. Tal como qualquer máquina, é necessário que o usuário se atente às questões de segurança para que ela possa operar corretamente.
Quais são os diferentes modelos de cloud computing
Existem quatro modalidades de soluções de cloud computing:
On-premises
Os on-premises são servidores, hardwares físicos que ficam armazenados em uma sala específica com rígido controle de temperatura por ar-condicionado, o que ajuda a evitar o superaquecimento do sistema.
Além disso, muitas vezes necessitam de um nobreak para prevenir as quedas e picos inesperados de energia, e também acabam exigindo uma rotina de backup rigorosa para evitar problemas possíveis no dispositivo.
Infraestrutura as a Service (IaaS)
O IaaS contém os componentes básicos da IT na nuvem. E geralmente o IaaS oferece acesso a recursos de rede, computadores (virtuais ou em hardware aplicado) e espaço de armazenamento de dados exclusivo.
O IaaS ainda disponibiliza o mais alto nível de flexibilidade e controle de gerenciamento sobre os recursos de TI, facilitando e otimizando os processos.
Plataforma as a Service (PaaS)
Com o PaaS não é necessário gerenciar a infraestrutura de forma oculta (geralmente, hardware e sistemas operacionais) e é possível manter o foco na implantação e no gerenciamento de aplicativos.
Ou seja, sua empresa fica mais produtiva e eficiente, pois não precisa se preocupar com a aquisição de novos recursos, planejamento de capacidade, manutenção de software, correções ou qualquer outro tipo de trabalho normal do dia a dia que é recorrente para a execução dos aplicativos.
Software as a Service (SaaS)
Já o SaaS oferece um produto completo, com mais funções, executado e gerenciado pelo provedor de serviços. Muitas vezes, quando as pessoas mencionam o SaaS, estão se referindo aos aplicativos de usuários finais (como os e-mails baseados na web).
Quais os desafios da migração para a nuvem
O cenário de negócios está mudando e muitas organizações agora têm funcionários trabalhando remotamente de diferentes locais externos aos escritórios.
Embora essas mudanças tragam maiores oportunidades para as empresas, elas também apresentam novos desafios para os líderes, especialmente os departamentos de TI que lutam para manter o ritmo e impulsionar a colaboração e a comunicação eficazes.
A nuvem oferece uma solução atraente para muitos desses problemas corporativos. E à medida que o cloud computing ganha popularidade e aceitação no mundo da tecnologia, mais e mais empresas estão fazendo a troca.
Quais os benefícios de migrar para a nuvem
Ao migrar para a nuvem garante um grande combo de vantagens para as empresas. Dentre elas:
- tempo de implantação mais rápido
- recursos de segurança aprimorados
- mais escalabilidade
- maior flexibilidade e colaboração para a equipe
- redução de custos
- menor complexidade de infraestrutura
- monitoramento de status integrado
- integração
- facilidade de acesso
- backup automático e registro das principais métricas
- melhor gestão de custos, entre outros.
Como migrar de forma segura para a cloud
Todo negócio tem necessidades diferentes e, portanto, usará um processo diferente ao migrar para a cloud. Os provedores de nuvem podem ajudar as empresas a configurar seu processo de migração e, a maioria delas inclui as etapas a seguir:
Estabelecer metas
Uma etapa fundamental da jornada para a nuvem é estabelecer quais são as metas que se pretende atingir com a migração. Então, pense em quais ganhos de desempenho sua empresa espera obter e em qual data a infraestrutura obsoleta será suspensa, por exemplo.
Estabelecer metas para fins de avaliação e melhoramento das atividades ajuda a empresa a determinar se a migração foi bem sucedida ou não.
Criar uma estratégia de segurança
A segurança cibernética na nuvem requer uma abordagem diferente da necessária para a segurança local. Isso porque na nuvem os operacionais corporativos não estão mais atrás de um firewall e, naturalmente, o local da rede deixa de existir.
Copiar os dados
Selecionar um provedor de nuvem e replicar os bancos de dados existentes. Isso deve ser feito continuamente durante todo o processo de migração, para que o banco de dados na nuvem permaneça atualizado.
Migrar a inteligência da empresa
O processo de migração para a cloud pode envolver a refatoração ou a reescrita de códigos, você pode escolher fazer isso aos poucos ou de uma só vez.
Desviar a produção do local para a nuvem
Por fim, a nuvem entra no ar. Dessa forma, a migração está concluída e sua empresa pode aproveitar todos seus benefícios.
Quer adotar a cloud computing de forma segura e fazer uma jornada tranquila na migração dos sistemas e dos dados da sua empresa para a nuvem? Então, fale com os especialistas da Aser!