Como medir a produtividade de trabalhadores remotos
Garantir que equipes remotas entreguem com a mesma qualidade e agilidade pode ser um desafio, mas trouxemos algumas dicas preciosas.
O trabalho remoto — também conhecido como home office, por mais que o termo seja incomum na língua inglesa — veio para ficar. Mesmo após a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2), a maioria das empresas vão preferir cortar custos com espaço físico ou pelo menos apostar em um modelo híbrido, no qual os colaboradores trabalharão em suas próprias residências e visitarão um escritório apenas para demandas pontuais.
Porém, para os gestores, a questão que surge é a seguinte: como mensurar a produtividade da sua equipe estando tão distante dela? De fato, um dos maiores desafios em se administrar uma equipe remota é garantir que ela consiga continuar entregando o que entregava anteriormente, com a mesma agilidade e qualidade, sem que hajam interrupções por conta de particularidades distrativas no ambiente residencial.
De fato — acompanhar essa mudança drástica no exercício das atividades profissionais é algo complexo, que exige uma harmonia perfeita entre a implementação de novos processos, a adoção de novas tecnologias e algumas alterações culturais. É só com tal “tríade” que a liderança corporativa consegue desbloquear todo o potencial que o trabalho remoto tem a oferecer.
Resultados, e não horas
Uma mudança cultural que deve permear o home office é a valorização das entregas de resultados, e não entrega de horas. Isso já era uma recomendação válida no escritório e se torna ainda mais importante no teletrabalho — de nada adiantava garantir que o colaborador marcasse ponto nos horários corretos se, no fim do dia, ele atrasaria aquele projeto ou deixaria de produzir um volume satisfatório de relatórios, não é mesmo?
No trabalho remoto, a situação é similar. É crucial gerar uma cultura de metas a serem batidas — não necessária numéricas, mas sim flags e objetivos bem claros para a equipe — e estabelecer prazos que precisam ser respeitados. A flexibilização da jornada de trabalho é um dos pontos positivos do home office para o trabalhador, e, se ele consegue entregar o que é necessário trabalhando em horas alternativas, isso não deve ser um ponto negativo.
Definindo marcos de curto prazo
De nada adianta estabelecer metas mensais, trimestrais ou semestrais, percebendo que existem ajustes a serem feitos após tanto tempo desperdiçado. Um acompanhamento semanal é crucial para o sucesso do trabalho remoto. Trabalhe com a mentalidade de “quebrar” grandes projetos em pequenos marcos que sejam fáceis de acompanhar, tanto para quem lidera, quanto para quem é liderado.
Assim, além de facilitar a identificação nas tarefas que estão causando mais dores de cabeça, fica fácil fazer as alterações estruturais necessárias antes que o projeto como um todo sofra atrasos. Quando os pontos de produtividade são menores, rastreá-los e mensurá-los se torna uma atividade muito mais fácil.
Adoção de ferramentas específicas
É claro, existe uma série de soluções disponíveis no mercado que também podem ajudá-lo a medir a produtividade dos colaboradores. Além de plataformas de colaboração, temos softwares que permitem o bloqueio de sites indesejados (evitando assim a procrastinação) e que fazem a captura de telas das máquinas dos funcionários, algo útil para uma eventual auditoria sobre o porquê de uma queda repentina de produtividade.
Porém, lembre-se sempre que o uso de tais ferramentas deve se basear no princípio de privacidade e transparência. Os colaboradores não devem se sentir ameaçados por tais produtos, mas sim enxergá-los como um recurso a mais que lhes ajuda em seu processo de auto-promoção, auto-disciplina e auto-direcionamento, identificando comportamentos inadequados e oferecendo a chance de corrigi-los.