IDtechs: o futuro é verificar a identidade, e não protegê-la?
Com vazamentos de dados cada vez mais frequentes, cresce a demanda por soluções que garantam que o internauta seja quem ele realmente diz ser.
Você já ouviu falar do termo IDtech? Tal como as fintechs (que derivam de financial tech ou tecnologia financeira), a expressão diz respeito às startups na área de identity tech — ou tecnologia de identificação. Embora possa parecer mais uma moda passageira, esse tipo de solução vem ganhando espaço no Brasil e no mundo ao se basear em uma premissa negativa, mas bastante simples: com o crescimento das fraudes e crimes cibernéticos, mais vale a pena investir na verificação da identidade do que em sua proteção.
Sejamos sinceros: por maiores que sejam os esforços (e mesmo com legislações globais sendo criadas para tal), é cada vez mais difícil frear exposições indevidas de dados. Especificamente em nosso país, o megavazamento ocorrido nos primeiros meses de 2021, na teoria, já colocou em risco a confidencialidade das informações privadas de praticamente toda a população brasileira. É cada vez mais fácil negociar dados pessoais, números de cartões de crédito e outros documentos que permitem a um fraudador cometer um crime de falsidade ideológica, conseguindo vantagem ao se passar por terceiros.
Claro, não devemos — e jamais iremos — deixar de lado os investimentos para a proteção da informação. Porém, com a aceleração da transformação digital causada pela crise da COVID-19 e rápida digitalização de serviços, a identidade virou uma moeda mais valiosa do que nunca. Isto posto, as IDtechs vêm com a proposta de garantir a verificação da identidade de um internauta que esteja tentando acessar algum recurso virtual ou abrir uma conta bancária, por exemplo, em um mindset similar ao da arquitetura de confiança zero: sempre verificar, nunca confiar.
Isso é feito através das mais variadas formas possíveis: checagens biométricas, geográficas e até mesmo comportamentais são algumas “assinaturas” que podem ser usadas para garantir que o cidadão é realmente quem ele diz ser. Novamente — por mais que a proteção da informação deve continuar sendo nosso ponto focal, não há dúvidas de que a adoção de soluções de IDtechs pode ser de grande ajuda especialmente para segmentos sensíveis como bancos e comércios eletrônicos.